“Aquenda”! É hora
de montar! Sim, esta alusão a Power Rangers é usada na nova série da Netflix, chamada
Super Drags.
Bom, nesta
sexta-feira (09), a NETFLIX, maior plataforma de streaming do mundo, lançou sua
nova animação, chamada Super Drags. Antes mesmo de sua estreia, o desenho já estava
causando nas redes sociais, devido as heroínas serem drag queens.
Por se tratar de
uma animação/desenho, muitos pais ficaram preocupados com o que os filhos iriam
assistir na plataforma e no como a nova produção iria aparecer no catálogo. A
Sociedade Brasileira de Pediatria junto a outros órgãos que defendem a “integridade”
da criança, entraram com um pedido de cancelamento da série, mas a Netflix
ressaltou que Super Drags é direcionada para adultos e não para crianças. “Cá entre nós, isso fica bem explícito no
primeiro episódio. Pra ser bem específico, na primeira cena da série”.
Super Drags
Super Drags é
uma série criada por Anderson Mahanski, Fernando Mendonça e Paulo Lescaut. A trama
apresenta as aventuras de Donny, Patrick e Ralph, que durante o dia trabalham
em uma loja de roupas e a noite se transformam em Scarlet Carmesim, Lemon
Chifon e Safira Cian. Elas são TRÊS drags que protegem a comunidade LGBT dos
crimes que acontecem na cidade. Junto delas estão Goldiva, dublada pela cantora Pabllo Vittar e Vedete, dublada por Silvetty Montilla.
![]() |
Fernando Mendonça, Silvetty Montilla,
Marcelo Pereira, Pabllo Vittar, Anderson Mahanski (no chão), e Paulo Lescaut. Foto: Ernnacost / Netflix
|
Ao contrário das
demais séries com super-heróis que estamos acostumados a assistir, onde são
bons moços que salvam o mundo de toda e qualquer catástrofe, Super Drags está
longe de ser assim, modelos exemplares de heroínas. São personagens com um vocabulário
sujo, piadas e alusões extremamente sexuais, além das cenas serem explícitas demais.
Como dito no
início do post, logo na primeira cena, onde aparece um veado (animal) comendo
um mato em formato de pênis ou pinto, como você quiser chamar, dá para perceber
que a série jamais seria destinada aos nossos pequeninos.
Super Drags, ao
meu ver, não foi criada para militar (embora seja uma forma de
representatividade). O foco principal foi a comunicação com o público LGBT, principalmente da internet, mais
especificamente do twitter, que é considerado por muitos como o vale dos homossexuais,
onde vários dialetos são usados, trazendo um pouco de humor para a série. Por
exemplo: “é união que você quer, @?", "Manas", "Pocs" e por aí vai.
No decorrer dos
episódios, que por sinal são CINCO, cada um com aproximadamente 25 minutos, é
possível notar várias críticas sobre homofobia (preconceito), mídia (como ela é
usada para disseminar o ódio ao público LGBT), padrões impostos pela sociedade
(separação entre coisas de menino e coisas de menina), dentre outras questões
que estamos cansados de vivenciar no dia-a-dia. Inclusive, a série faz alusões a
vários desses assuntos.
Referências
Super Drags é cheia
de referências (alusões) a assuntos que estão presentes no dia de hoje. Um deles é sobre o meme de várias crianças se
chamarem Enzo e Valentina. Outro é sobre a CURA GAY, onde um grupo de
religiosos promovem o tal remédio. Tem até um caso que um personagem, cansado
de ser xingado pelo pai por não ser o que ele queria, resolve ir atrás do tal “remédio”
e é quase que torturado.
Além dos assuntos,
a animação também faz alusão a desenhos que já conhecemos. Se você, como eu, não
ia para a escola enquanto não terminasse TV Globinho ou SBT, vai perceber que
Super Drags foi inspirado em “Três Espiãs Demais”, “As Meninas Super Poderosas”,
“Sailor Moon”, “Power Rangers” e até “Dragon Ball Z”, o que pode causar
polêmica e incomodar muita gente, já que os desenhos eram bem infantis e nesta
produção estão bem adultos, afinal, a série é para adultos.
16 anos pode se considerar adulto, gente? Tô confuso!
Roteiro
Por ser uma
série curta, CINCO episódios como eu disse, o roteiro ficou show e,
provavelmente, cada dublador foi escolhido a dedo para cada personagem se
concretizar. Pabllo Vittar, que dubla a cantora Goldiva, tem seu destaque maior
por já ser da mídia, podemos dizer assim e dessa vez foi longe demais. Não
podemos tirar o mérito dos dubladores dos outros personagens, que se entregaram
ao máximo, claro.
Super Drags - Opinião final sobre a série
Resumindo, Super
Drags é uma ótima série para quem quer se distrair com os amigos ou sozinho
mesmo. Eu, Ruan, por mais que tenha “gostado”, achei um pouco apelativa, porque
parece querer fazer com que a sociedade engula que o público LGBT é assim, com
vocabulário sujo, escandaloso, só pensa em se expor e em sexo. E sabemos que não
é bem assim, né?
No mais, como no
dialeto, Super Drags é um CLOSE CERTO!
E aí, assistiu a
série? Gostou? Concorda com o que foi dito aqui no post? Não? Então vamos
debater nos comentários! Vou adorar saber a sua opinião.
Com CULTURA,
Ruan Morais!
VAI TER DESENHO DE VIADO NA NETFLIX SIM!
ResponderExcluirMesmo que eu não seja adepta de ver séries, eu fiquei feliz demais com essa produção. Ouvi uns comentário horríveis e cheio de preconceito sobre ela, mas vou defender esse tipo de conteúdo sim. É para adultos, e meus amigos me disseram que é bem engraçada haha.
Também não concordo com alguns esteriótipos, mas, como você disse, foi um acerto/close certo da Netflix!
beijos.
Real! Sem falar que não aparece para as crianças que possuem a conta infantil, o que é o correto para a idade delas, então, VAI TER DESENHO DE VIADO NA NETFLIX SIM HAHA. A única questão da série é só o vocabulário mesmo, parecendo exigir que para ser viado, você tem que ser sujo, escandaloso e blá blá blá. O close foi certeiro <3
ExcluirGostei da sua resenha e como expôs seu ponto de vista. Eu amei a série só achei uma pena ser tão curto os episódios. A propostaficou boa, o foco não era militar era pra ser um pouco mais divertida e nos fazer lembrar dos nossos desenhos de infância. Tinha muita "putaria"? Tinha até demais, mas isso não impediu de passar várias mensagens para quem quer que for assistir. E recomendo pros meus amigos todos ^-^
ResponderExcluirRealmente, a série é boa, tirando essas questões explícitas demais. Acaba que, de certa forma, tentar colocar o público LGBT como pessoas com vocabulário sujo, escandalosas, loucas por sexo e blá blá blá. No mais, a mensagem foi passada direitinho hehe
ExcluirOlá! Acho que não sou capaz de opinar tanto por não ter assistido. Mas independente de ser uma série LGBT, acho que as pessoas deveriam ter mais respeito e não causar tanto por coisas tão pequenas.
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar da série e, assim como comentários positivos, ouvi também vários negativos.
Enfim, quero ter a oportunidade de assistir e formar a minha opinião.
Beijos.
Quando tiver um tempinho, assista! Mas já vai com a convicção que você irá ver e ouvir coisas bem desagradáveis e não é mimimi da minha parte haha.
ExcluirEu acho ruim esse vocabulário sujo, acaba dando uma interpretação errada, acho muito legal ter gírias e coisas do nosso dia, mas coisas sujas, eu sinceramente não gosto, o máximo que gostei foi Bojack, mas isso porque as reflexões e a realidade de acontecimentos vale a pena. Se em Super Drags tem coisas legais para pensar também, vou dar uma chance kk Adorei a resenha, parabéns!
ResponderExcluirSiiiim! Esse vocabulário é o que matou. Parece reforçar que o público LGBT é desbocado, escandaloso e por aí vai. As coisas não são bem assim rs. Tirando isso, as mensagens são bem positivas, dá um tapa na cara dos preconceituosos e vale muito a pena assistir ;)
ExcluirFico um pouco receosa em assistir exatamente por medo de que seja um pouco apelativa demais, mas confesso que vou tentar para matar a curiosidade.
ResponderExcluirBeijos
Mari
Pequenos Retalhos
Ei, Mari! É um pouco apelativa, não vou mentir. Mas a mensagem, o contexto que ela passa é extremamente importante. Pode assistir sem medo hehe
ExcluirQuero muito ver!!! To achando incrivel a netflix investindo nesse tipo de seriado, documentário, etc, que retrate as minorias e as coloquem como poderosas (como deveriam ser!). CUrti muito a tua resenha e to apaixonada pelo layout do blog hehe ganhou uma nova leitora
ResponderExcluirAssista, sério! São produções que já deveriam ter vindo antes, né? Mas ainda tá em tempo hehe. Obrigado pelo comentário, por ter gostado do layout e agora te espero aqui em todos os posts hahahahahaha.
ExcluirBem provavel que adolescentes de 16 em muitos termos são considerados "crianças" então talvez fosse interessante a classificação ser 18 anos. Por outro lado aborda tema contemporâneo, acho que o fato de ser uma animação de super herois por si ja chama mais atenção de crianças. Gostei da sua maneira de abordar o tema aqui
ResponderExcluirTambém pensei o mesmo, já que o contexto da série é explícito demais, a classificação poderia ser maiores de 18. Mas, como você disse, o tema é bem contemporâneo e necessário, principalmente para a formação desses jovens de 16 anos. Sei lá...
ExcluirAhh eu tô muito afim de assistir essa série <3 Acho muito e importante que a comunidade LGBTQ seja representada! Fui na Parada Livre em Porto Alegre essa semana e é lindo de ver essa galera sendo representada e ouvida!
ResponderExcluirÉ necessário até demais! Produções com esta temática já deveriam estar entre nós há tempos rs. Representatividade é tudo! Vi suas fotos mesmo e quero ver mais. Posta, mulher hehe <3
ExcluirOi, Ruan! Tudo bom?
ResponderExcluirEu ainda não assisti o desenho (acaba, semestre, pelo amor da deusa!), mas já acompanhei muitas discussões a respeito no site feices. Tendo a concordar com o pessoal que dize que, mesmo que a animação tenha pegado pesado nesses estereótipos da comunidade LGBT+, foi uma conquista importantíssima em questão de representatividade! Quando assistir a série de fato, te conto o que achei haha
Abraços,
Gislaine Motti | Literalize-se
Opa! Tudo ótimo e ai? Entendo! É uma conquista e tanto, mesmo com o modo apelativo em que colocou o público LGBT+.
ResponderExcluir